domingo, 23 de março de 2014

#EleiçõesVemAê




Tá eu falando em política mais uma vez. Mas em ano de eleição, vamos falar de que? Da copa? Talvez chamasse mais atenção, mas no ano seguinte, 2015, não se lembraria nem qual foi o placar do primeiro jogo do Brasil e, no mesmo ano, tomará posse o Presidente da República eleito pelo povo.

É, eu gosto... E me interessei por isso logo cedo. Perguntava-me, ainda quando ia votar com meus pais, quem eram aqueles carinhas que apareciam na tela da urna ou naqueles folhetos que inundavam a cidade nessa época.

Descobri que eram Deputados, Senadores, Vereadores, além dos chefes do executivo. Quando soube então o que eles faziam, corri atrás no afã de participar desse processo de escolha e com 16 anos já tinha meu título de eleitor. Surpreendo-me, contudo, ao ver aos títulos experientes em eleição ainda não sabendo sequer onde atuam esses “carinhas”.

Hoje assisto programa eleitoral, como faço com frequência, e vejo o candidato à vaga de Deputado ancorando sua plataforma justamente nesse “não saber”, mostrando que nem ele nem seus interlocutores tinham a ideia do que faz um Deputado Federal. Para surpresa geral (ou não), acabou sendo o Deputado mais bem votado do país.

Assusto-me!

Os partidos políticos buscam celebridades com carisma e empatia com o público, visando o sucesso nas urnas. Fácil ver um jogador de futebol aposentado, um ator frustrado, um cantor com a carreira em declínio ou até um palhaço almejando uma vaga no poder público, afinal, o subsídio dos Deputados Federais e Senadores alcançam o montante de R$ 26.723,13. Atraente.

Nesse esteira, seria ingênuo se achasse normal que 90% das leis elaboradas pela câmara municipal do Rio de Janeiro possuírem vício de constitucionalidade. Também o que se esperar de uma mãe do funk como Vereadora ?  Projetos de Lei com vícios identificáveis por um mero mortal estudante de direito que se encontra à quilômetros luz do Supremo Tribunal Federal.

Não generalizo, mas quando penso que a elaboração das nossas leis, sejam elas locais, estaduais ou federais, estão nas mãos de uma cantora de funk, de um ex atleta ou de uma sub celebridade, me assusto por tentar elucubrar o quanto do nosso sistema jurídico essas pessoas conhecem.

De novo, não generalizo, vejo o projeto de lei do Deputado Federal Romário (PL 6954 de 2013), ex jogador de futebol, que inclui o estudo da Constituição Federal nos ensinos fundamental e médio. Pela proposta, a disciplina “Constitucional” deve formar um cidadão consciente de seus direitos individuais e deveres sociais. Uma boa. Talvez uma forma de conscientizar os futuros cidadãos das responsabilidades que terão após alguns anos elegendo seus representantes políticos.

Se você também não também não faz ideia, é mais ou menos assim:

Temos 513 Deputados Federais vindo de todos os Estados da Federação, desses, 46 foram eleitos pelo Rio de Janeiro. No senado, temos 3 representantes de cada um dos 26 Estados e 3 também do Distrito Federal, totalizando 81 Senadores.

São esses caras que elaboram e votam para aprovação das leis federais que regem a nação. São eles também que julgam o Presidente da República, p.e., em caso de crime de responsabilidade, aprovam a escolha de um Ministro do STF indicado pelo Presidente, dentre outras importantes funções...

Por isso, vejo com dificuldade um cara que largou a escola pra ganhar a vida cantando nas favelas e bailes, agora sentado numa das cadeiras do congresso nacional votando um projeto de lei de ordem econômica ou tributária. Se for falar Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ferrou ne?

Não sou nenhum cientista político, sou cidadão e, com o perdão da rima involuntária, é ano de eleição...  Mas se preferir falar de BBB, desculpe, não sei nada sobre...

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

POR UM MUNDO GRISALHO!




Seria como chegar na venda da esquina e pedir um vidrinho daquele negro e alvo. Ou do mais caro, o inteiramente branco. Seria prático, seria rápido, contudo, talvez não interessante.


Admirável mesmo é o olhar reflexivo de uma cervical desmotivada, da cútis enferrujada, o qual o Tempo se incumbiu de oxigenar. Uma responsabilidade de trazer consigo histórias mirabolantes acerca de tudo e de todos. Não que tenham experimentado toda sorte de doces e salgados, mas que saberiam bem indicar quais daqueles não comer.
 
Como não se nasce com nenhuma daquelas dobraduras na pele e morre-se, em alguns casos, cheio delas? Mais que marcas. Sinais de credibilidade esboçados em olhares casados, cansados de muito ver.
 
 


“Quando um velho morre é uma biblioteca inteira que queima”.



Pois vai se criando e construindo uma grande obra onde nada se tinha. Tal como encher a sala de fotografias é correr pelo bosque da vida angariando carrapichos. Num desses ricos em barrancos, buracos, subidas e descidas, percebe-se que, ao levantar depois de um tropeção em um galho seco, os carrapichos só aumentaram.
 
 
Contando ninguém acredita né?!
 
 
Até acredita, mas depois de experimentar o limão e aferir sua acidez. Bem que já tinham dito ser ela única e intransferível.
 
 
Daí se indaga: Qual é a graça, se só aprende sobre a vida e como vivê-la quando já se está ao fim dela?
 
 
É... podiam vender experiência enlatada, fios de cabelo branco sob medida. Ou uma patente alta, um bigode grosso, só assim respeitariam o Velho Moço.
 
 
Seria como chegar na venda da esquina e pedir um vidrinho daquele negro e alvo. Ou do mais caro, o inteiramente branco...
 
 
 
 
 
 

sábado, 2 de março de 2013

Você sabe com quem está falando?

Baseado no Livro de Mario Sergio Cortella, "Qual a tua obra?"
 
 
Não é raro esbarrarmos com os donos do mundo e sermos interrogados desta forma. De maneira geral, nunca é bem possível saber ao certo com quem está se falando. No entanto, aquele Ermenegildo Zegna, aprofundado pelo tom hostil do olhar, quebra a simplicidade da figura humana.
 
O mundo que, embora não criado por ele, toma-se como próprio daquele sujeito pernóstico, que faz crer na sumidade do ser.
 
Para-se, contudo, para pensar de onde provera tanta asneira.
 
Nesse diapasão, no livro "Qual é a sua Obra?", o professor Mario Sérgio Cortella explica que nestes casos, em que as pessoas carecem de humildade, a física quântica pode ser bastante indicada e explica tal afirmação com o seguinte raciocínio:
 
A ciência fala em multiverso e que estamos em um dos universos possíveis. Supõe-se que este universo possível em que estamos apareceu há 15 bilhões de anos, resultante de uma grande explosão, que gerou uma aceleração inacreditável de matéria e liberação de energia.
 
 
 

"Tu és um Vice treco de um Sub troço."

 
 
 
 
 
 
Essa matéria se agregou formando o que nós, humanos, chamamos de estrelas e elas se juntaram, formando o que chamamos de galáxias. A ciência calcula que existam em nosso universo aproximadamente 200 bilhões de galáxias. Uma delas é a nossa, a Via Láctea, onde calcula-se que exista cerca de 100 bilhões de estrelas. Nessa nossa galáxia, repleta de estrelas, uma delas é o que agora chamam de estrela-anã, o Sol. Em volta dessa estrelinha giram algumas massas planetárias sem luz própria, nove ao todo, talvez oito (pela polêmica classificação em debate). A terceira delas, a partir do Sol, é a Terra, um lugarzinho que tem uma coisa chamada vida.
 
A ciência calcula que em nosso planeta haja mais de trinta milhões de espécies de vida, mas até agora só classificou por volta de três milhões. Uma delas é a nossa: homo sapiens. Essa espécie tem aproximadamente 7 bilhões de indivíduos. Um deles é você.
 
Assim, tem-se que você é um entre 7 bilhões de indivíduos, pertencente a um única espécie, entre outras três milhões de espécies classificadas, que vive num planetinha, que gira em torno de uma estrelinha, que é uma entre 100 bilhões de estrelas que compõem uma galáxia, que é uma entre outras 200 bilhões de galáxias num dos universos possíveis.
 
Concordaria com Renato quando confessa não ser mais tão criança a ponto de saber tudo.
 
A contrario sensu dos texto de auto ajuda, objetiva-se suscitar a reflexão da figura desse ser que dizem por Humano.
 
In fine, nada somos, nada seremos! Pensando assim, quem sabe chegar-se-á em algum lugar...
 
 

domingo, 4 de novembro de 2012

Coisa Chata!

Vamos falar de política? 





Eta coisa chata... Falar de gente que não trabalha, aliás, que dá trabalho. Gente que nos faz perder o Domingo pra exercer, obrigatoriamente, o direito de voto, indicando ao poder público demagogos que nos trazem vergonha de ser cidadão, de ser brasileiro, ser humano. 

É do Vereador mafioso, miliciano, até o Presidente “impeachmentimado”. A corrupção está por toda parte, sem exceção, atinge à todos que ali pisam. O congresso Nacional? Um antro de perdição, até os que veneram a honestidade, quando adentram ao paletó, esquecem do cordeiro que a mãe criou, dando azo à facilidade 

Esse país não vai pra frente, pensa a massa, nada se pode fazer frente a tanta sujeira. 

E vontade de mudar jaz ao leito, ver quem tanto rouba, no Congresso, reeleito. 

Todavia, leva-se à meditação que o dito homem não vive sem o cidadão, este que o retira do palácio é o mesmo que o lança o Senado, pascácio. 




Também sou contra a violência mas como disse Gabriel: “... aqui a gente peca por excesso de paciência...”, coisa louca essa inércia, e nem falo de Newton, leis da física ou coisa que o valha, tô falando é de tú. 




“'Não admito! Minha esperança é imortal, ouviram? Imortal!'

Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quiser, vai dar pra mudar o final!”
Ana Carolina



O físico, hoje, traduziria sua 1ª lei como “O Brasileiro”, um corpo que continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta... 


Malgrado à consuetudinária forma de se levar dinheiro, seja por maletas, meias ou cuecas, a última instância da Justiça nacional julga o caso dos “Mensaleiros”. Um escândalo Nacional, quiçá, internacional, sob o acompanhamento inversamente proporcional. 

Talvez estivéssemos caminhando à uma singela demonstração de eficiência na Justiça, se aquele povo heróico de sonho intenso por amor e esperança, não abrisse mão do seu brado retumbante, permanecendo deitado eternamente em berço esplêndido.


O termo “política” teve origem na época que os gregos eram organizados em cidades-estado chamados de "polis", do qual se derivam palavras como politiké (política em geral) e politikós (dos cidadãos). Depois se estenderam ao latim (politicus) e chegaram ao idioma moderno francês (politique). 

É uma  derivação do grego antigo (politeía) e podia significar tanto cidade-estado como sociedade, comunidade ou coletividade.

Ou seja, estamos falando das funções e divisões do Estado e as diversas formas de Governo. São várias as formas de exercícios de poder de um indivíduo sobre outro. 

Desta forma... 

Vamos pensar na política?



segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O Artista precede o Psicanalista

- Por Juciano Menezes



Às vezes, tudo o que temos é uma pergunta.
Ou a constante busca de uma fala que consiga dar conta do indizível.
E é o impossível que surge.
É o tempo que urge. E, ilude.
Entre um curtir e um check-in, localiza-se a possibilidade de sentir, mentir e, por fim, de alguma maneira, advir.
O ideal de ser é o não-poder ser.
É o inatingível do saber.
Do tudo saber que naufraga nas margens do viver.
Eis a ignorância douta. O escrutínio da verdade contida na sabedoria da dúvida.
A dúvida... Sempre ela. Que divide e angustia. Que nos mortifica e esvazia...
Mas conduz a um saber.
Viver não é menos que a tentativa de elucidação de uma pergunta estrutural, fundamental,
Que assola a carne, e movimenta a alma.
Che vuoi? (Que queres?)
O amor é a única resposta que se sustenta como possível.
É a alegoria capaz de contornar o buraco intransponível do real presentificado.
É o amor que suporta a árdua caminhada da trilha do desejo.
E somente o desejo permite que se inclua a falta, a riqueza do não-saber,
Da resposta que, de antemão, já não se tem.
Que venham mais perguntas.


Δt

Um cara curioso. Taí, no pulso, no andar, na mente. No fone ou no iphone, na Central do Brasil. Há em todo momento. Não se dá por esquecido. 

Tenha você muitos bens ou ainda que seja você o bem da vida. O sensato hoje é comprá-lo na venda da esquina, onde a diferença aparece. 

Faz com que 24 pareçam 30, 40 ou 50, a serem gastas com o gastar. Afinal, cada um gasta com o que tem, né?! Eu gastei escrevendo, você, lendo. Eles? Comprando mais.

 
Majestosa é a forma de lidar consigo. Outrora, meses se perdiam até um pedaço de papel atingir seu objetivo, o que agora se faz num clicar, fácil como o curtir. 

Decepcionante se pensarmos no que perdemos com tudo isso. Faz nos esquecer de todo um processo necessário à vida. Troca o emblemático almoço dominical em família, pelo papo furado durante uns 20 minutos naquele Fast Food bacana. 

Faz com que percamos também a paciência, de forma a se meditar. Ora, porque podíamos tirar fotografias e aguardar uma semana para vê-las, e então submetê-las ao filtro de qualidade, e hoje, se ela não dá as caras imediatamente na telinha, já se torna um fundamento legal para o “tirar do sério”. 

Não que o pretérito seja perfeito, tampouco imperfeito. Para os mais conservadores, mais que perfeito. Incerto é sua definição, o que é possível definir é que, como diria Agenor de Miranda, ele não pára. 

Não interessa, a irretroabilidade tá ai pra todos. Aquele passo nunca mais terá volta, porque ainda que olhes pra trás, não será um "Ctrl + Z", o máximo possível é pegar de volta o papel caído. 

Minuto a minuto, a vida se vai... E não tem jeito, é assim, e sempre será! 
Agora corre que você acaba de perder pelo menos 1 minuto do seu dia lendo esta merda! Hahaha

<< Publicado em 14/01/2012: http://fotolog.terra.com.br/i_carvalho:4 >>

Dia a dia, noite, dia!



Tudo escuro, até olhar pra cima e ver... 
Vê-la ali, fidedignamente, noite a noite. 
Não é afastável a idéia de se passar a madrugada só, isolado por partículas diminutas de gelo, suspensas à atmosfera. 

De toda sorte, sorte é a minha. 
Prefiro a luz da manhã, prefiro luar, prefiro mesmo é o bem estar. 

Bonito ver a minguante mandando no aquário. Altos e baixos encantadores da vida, porque não dizer trivial. 

Um brilhante que fica melhor no vigiar do que no apontar. Mulher de fases, de fases fáceis e impossíveis. De se chegar no 'chefão' após dar a vida, várias vidas. 

Uma gordinha vítima de preconceito, consuetudinariamente emparelhada ao azarento algarismo de gosto do Velho Lobo. Animal, aliás, ali invocado pelo homem. 

Sempre admirável, eu diria, um contemplar único. Único e intransferível! 

Boníssima Noite e que ela apareça a ser aplaudida!


<< Publicado em 12/01/2012: http://fotolog.terra.com.br/i_carvalho:3 >>