segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O Artista precede o Psicanalista

- Por Juciano Menezes



Às vezes, tudo o que temos é uma pergunta.
Ou a constante busca de uma fala que consiga dar conta do indizível.
E é o impossível que surge.
É o tempo que urge. E, ilude.
Entre um curtir e um check-in, localiza-se a possibilidade de sentir, mentir e, por fim, de alguma maneira, advir.
O ideal de ser é o não-poder ser.
É o inatingível do saber.
Do tudo saber que naufraga nas margens do viver.
Eis a ignorância douta. O escrutínio da verdade contida na sabedoria da dúvida.
A dúvida... Sempre ela. Que divide e angustia. Que nos mortifica e esvazia...
Mas conduz a um saber.
Viver não é menos que a tentativa de elucidação de uma pergunta estrutural, fundamental,
Que assola a carne, e movimenta a alma.
Che vuoi? (Que queres?)
O amor é a única resposta que se sustenta como possível.
É a alegoria capaz de contornar o buraco intransponível do real presentificado.
É o amor que suporta a árdua caminhada da trilha do desejo.
E somente o desejo permite que se inclua a falta, a riqueza do não-saber,
Da resposta que, de antemão, já não se tem.
Que venham mais perguntas.


Δt

Um cara curioso. Taí, no pulso, no andar, na mente. No fone ou no iphone, na Central do Brasil. Há em todo momento. Não se dá por esquecido. 

Tenha você muitos bens ou ainda que seja você o bem da vida. O sensato hoje é comprá-lo na venda da esquina, onde a diferença aparece. 

Faz com que 24 pareçam 30, 40 ou 50, a serem gastas com o gastar. Afinal, cada um gasta com o que tem, né?! Eu gastei escrevendo, você, lendo. Eles? Comprando mais.

 
Majestosa é a forma de lidar consigo. Outrora, meses se perdiam até um pedaço de papel atingir seu objetivo, o que agora se faz num clicar, fácil como o curtir. 

Decepcionante se pensarmos no que perdemos com tudo isso. Faz nos esquecer de todo um processo necessário à vida. Troca o emblemático almoço dominical em família, pelo papo furado durante uns 20 minutos naquele Fast Food bacana. 

Faz com que percamos também a paciência, de forma a se meditar. Ora, porque podíamos tirar fotografias e aguardar uma semana para vê-las, e então submetê-las ao filtro de qualidade, e hoje, se ela não dá as caras imediatamente na telinha, já se torna um fundamento legal para o “tirar do sério”. 

Não que o pretérito seja perfeito, tampouco imperfeito. Para os mais conservadores, mais que perfeito. Incerto é sua definição, o que é possível definir é que, como diria Agenor de Miranda, ele não pára. 

Não interessa, a irretroabilidade tá ai pra todos. Aquele passo nunca mais terá volta, porque ainda que olhes pra trás, não será um "Ctrl + Z", o máximo possível é pegar de volta o papel caído. 

Minuto a minuto, a vida se vai... E não tem jeito, é assim, e sempre será! 
Agora corre que você acaba de perder pelo menos 1 minuto do seu dia lendo esta merda! Hahaha

<< Publicado em 14/01/2012: http://fotolog.terra.com.br/i_carvalho:4 >>

Dia a dia, noite, dia!



Tudo escuro, até olhar pra cima e ver... 
Vê-la ali, fidedignamente, noite a noite. 
Não é afastável a idéia de se passar a madrugada só, isolado por partículas diminutas de gelo, suspensas à atmosfera. 

De toda sorte, sorte é a minha. 
Prefiro a luz da manhã, prefiro luar, prefiro mesmo é o bem estar. 

Bonito ver a minguante mandando no aquário. Altos e baixos encantadores da vida, porque não dizer trivial. 

Um brilhante que fica melhor no vigiar do que no apontar. Mulher de fases, de fases fáceis e impossíveis. De se chegar no 'chefão' após dar a vida, várias vidas. 

Uma gordinha vítima de preconceito, consuetudinariamente emparelhada ao azarento algarismo de gosto do Velho Lobo. Animal, aliás, ali invocado pelo homem. 

Sempre admirável, eu diria, um contemplar único. Único e intransferível! 

Boníssima Noite e que ela apareça a ser aplaudida!


<< Publicado em 12/01/2012: http://fotolog.terra.com.br/i_carvalho:3 >>


Na lacuna do prolífico

Sim, um dia frio já é um ambiente propício a se ler um livro, talvez lhe falte um bom lugar. 


Nesse momento, se modelam as lembranças daquela velha infância que eu sigo e nunca me sinto só. O herói agora é outro, mas sempre será imortal. 

A vida às vezes usa palavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas? Um bisar bizarro, confesso, mas e se não fosse?! 

Não há como evitar, acabo por parar nessa cidade por força da circunstância. É digno da prosperidade, caminhar divagando, com rumos mutantes ou sem eles. 


Por vezes o deserto aparece. Chove. Chove muito, mas como me corrigiria o mocinho da vez, uns dias chove, noutros bate sol. E no silêncio, uma Catedral. Mas não dá pra descansar, porque o herói do futuro pode até não ser o mais forte, no entanto, arriscaria dizer que o Capitão Planeta ficaria orgulhoso de mim, porque o poder é meu. 

E vem a meditação... De onde olharei para o futuro? Pela janela do quarto? Pela janela do carro? Pela tela ou pela janela? 

Traçando os ideais vou seguindo assim. Conquistando um dia aqui, outro acolá e mesmo que tenham apagado tudo, pintado tudo de cinza, o futuro é colorido e se não eu, quem pintará? Quem vai fazer você feliz? 

Não é preocupante, pois com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo, quiçá a Supra Corte. Num piscar de olhos a improcedência toma a utopia. 

Sabe qualé mermão, a parada é chegar lá e soltar: Olha ai, ai o meu guri, olha aí!!


<< Publicado em 05/01/2012: http://fotolog.terra.com.br/i_carvalho:2 >>



O pequenino Eu!


E podia ser diferente...?

Com o correr dos dias parece que elas começaram a ter cada dia mais conexão, se desdobrando de forma tal a chamar atenção daqueles...

Sempre no querer diferente, acarreado por uns comentários alavancadores de opiniões, aliás, se assim não fosse, Mark Zuckerberg enjoaria de me ver...

Por mais que o Outro seja Grande, o eu é pequenino que só se engrandece diante de Amigos Al Ajillo's!

Num choro, num copo d'água, no celular. Eles estão por toda parte. Por mais que se entenda pela abrangência das palavras usadas, eles não são muitos, mas sim, estão em qualquer lugar no fito do bem estar!

Substancial, eu diria. Imperioso destacar o desejo imoderado de trazer a si os verbos de ligação.

Porque SER feliz é ESTAR com os amáveis e PERMANECER com eles 'ad eternum'. FICAR alegre só em ver o colega VIRAR melhor amigo, ANDAR lado a lado, até TORNAR-SE irmão.

Bom Camarão e uma ótima Caipirinha à todos!




<<Publicado em 04/01/2012: http://fotolog.terra.com.br/i_carvalho:1>>