Sim, um dia frio já é um ambiente propício a se
ler um livro, talvez lhe falte um bom lugar.
Nesse momento, se modelam as lembranças daquela
velha infância que eu sigo e nunca me sinto só. O herói agora é outro, mas
sempre será imortal.
A vida às vezes usa palavras repetidas, mas quais são as palavras que
nunca são ditas? Um bisar bizarro, confesso, mas e se não fosse?!
Não há como evitar, acabo por parar nessa cidade por força da
circunstância. É digno da prosperidade, caminhar divagando, com rumos mutantes
ou sem eles.
Por vezes o deserto aparece. Chove. Chove muito, mas como me corrigiria o
mocinho da vez, uns dias chove, noutros bate sol. E no silêncio, uma Catedral.
Mas não dá pra descansar, porque o herói do futuro pode até não ser o mais
forte, no entanto, arriscaria dizer que o Capitão Planeta ficaria orgulhoso de
mim, porque o poder é meu.
E vem a meditação... De onde olharei para o futuro? Pela janela do
quarto? Pela janela do carro? Pela tela ou pela janela?
Traçando os ideais vou seguindo assim. Conquistando um dia aqui, outro
acolá e mesmo que tenham apagado tudo, pintado tudo de cinza, o futuro é
colorido e se não eu, quem pintará? Quem vai fazer você feliz?
Não é preocupante, pois com cinco ou seis retas é fácil fazer um
castelo, quiçá a Supra Corte. Num piscar de olhos a improcedência toma a
utopia.
Sabe qualé mermão,
a parada é chegar lá e soltar: Olha ai, ai o meu guri, olha aí!!
<< Publicado em 05/01/2012: http://fotolog.terra.com.br/i_carvalho:2 >>
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