- Por Juciano Menezes
Às vezes, tudo o que temos é uma pergunta.
Ou a constante busca de uma fala que consiga dar conta do indizível.
E é o impossível que surge.
É o tempo que urge. E, ilude.
Entre um curtir e um check-in, localiza-se a possibilidade de sentir, mentir e, por fim, de alguma maneira, advir.
O ideal de ser é o não-poder ser.
É o inatingível do saber.
Do tudo saber que naufraga nas margens do viver.
Eis a ignorância douta. O escrutínio da verdade contida na sabedoria da dúvida.
A dúvida... Sempre ela. Que divide e angustia. Que nos mortifica e esvazia...
Mas conduz a um saber.
Viver não é menos que a tentativa de elucidação de uma pergunta estrutural, fundamental,
Que assola a carne, e movimenta a alma.
Che vuoi? (Que queres?)
O amor é a única resposta que se sustenta como possível.
É a alegoria capaz de contornar o buraco intransponível do real presentificado.
É o amor que suporta a árdua caminhada da trilha do desejo.
E somente o desejo permite que se inclua a falta, a riqueza do não-saber,
Da resposta que, de antemão, já não se tem.
Que venham mais perguntas.
Ai, que vergonha!
ResponderExcluirMas me sinto muito honrado pelo espaço...
Que venham mais perguntas, mais posts, mais escritos!
Abraços